domingo, 28 de novembro de 2010

Chucho Valdés

Chucho Valdés - Briyumba Palo Congo - 1999

Tracks:
1. El Rumbon (The Party) 7:52
2. Bolero (Ballad) 6:16
3. Caravan 7:01
4. Embraceable You 6:03
5. Ponle La Clave (Put The Time On It) 9:23
6. Rhapsody In Blue 7:08
7. Briyumba Palo Congo 9:59

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Dave Pike

Dave Pike Set - Noisy Silence - Gentle Noise -1969

Tracks:
01 - I'm On My Way
02 - Regards From Freddie Horowitz
03 - Somewhat, Somewhere, Somehow
04 - Noisy Silence, Gentle Noise
05 - Mother People
06 - Mathar
07 - Vian-De
08 - Teaming Up
09 - Walkin' Down The Highway In A Red Raw Egg

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Bill Evans

Bill Evans - Everybody Digs Bill Evans - 1958

Tracks:
1. Minority
2. Young & Foolish
3. Lucky To Be Me
4. Night & Day
5. Epilogue
6. Tenderly
7. Peace Piece
8. What Is There To Say?
9. Oleo
10. Epilogue
11. Some Other Time (mono)

Sam Jones (baixo),
Philly Joe Jones (bateria),
Bill Evans (piano)

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sábado, 27 de novembro de 2010

Oliver Nelson

Oliver Nelson - The Blues and The Abstract Truth - 1961


O saxofonista Oliver Nelson teve muitas experiências musicais antes de gravar sua obra prima, The Blues and The Abstract Truth. Acompanhou nomes como Lou Jordan, Erksine Hawkins e Quince Jones, alem de ter sido o arranjador oficial do Apollo Theater em Nova Iorque.


Entre 59 e 61, lançou 6 discos como bandleader pela gravadora Prestige, mas foi com The Blues and The Abstract Truth, lançado pela Impulse, que Nelson entrou para a história do jazz. Além de conter Stolen Moments, seu tema mais famoso, o disco conseguia transmitir maturidade e equilíbrio musicais incomuns. Mesmo se pensarmos que ele foi lançado em um período muito fértil para o jazz como um todo. O disco propõe uma leitura jazz da linguagem blues.

Os sopros consistiam em Nelson, Freddie Hubbard, Eric Dolphy e George Barrow. Nelson executa solos simples e concisos como Miles Davis, mas de inspiração erudita e com texturas que remetem a Debussy. Freddie Hubbard (trumpete) e Eric Dolphy (sax alto e flauta) conseguem estabelecer linhas melódicas fluidas em acordo com o feeling blues que permeia toda a gravação. Dolphin era então um novato, mas já expunha as características que iria explorar em seu próprio disco seminal, Out to Lunch.George Barrow completa o trio de saxofones

A seção rítmica também funciona a contento com Paul Chambers no baixo e Roy Haynes na bateria. A dupla mostra bastante entrosamento e consegue fazer um acompanhamento adequadamente sutil. Por fim, quem consegue fazer a ponte entre o ritmo e a melodia é o piano de Bill Evans.

Stolen Moments mereceria constar em quaisquer coletâneas de jazz. Desde seu aparecimento, a música já foi constantemente regravada em muitos formatos com a interpretação de diversos músicos. Aparece com frequência no cinema e a publicidade nunca a esquece.

Depois de lançar The Blues and The Abstract Truth, Oliver Nelson continuou sua carreira jazzista até seu falecimento em 75, mas colaborou com a trilha de filmes (tanto para o cinema quanto para a tv). Além de possuir peças orquestrais de fôlego.

Tracks:
01. Stolen Moments
02. Hoe-Down
03. Cascades
04. Yearnin'
05. Butch and Butch
06. Teenie's Blues


Oliver Nelson - Saxs alto e tenor
Eric Dolphy - Sax alto e flauta
George Barrow - Sax barítono
Freddie Hubbard - Trompete
Bill Evans - Piano
Paul Chambers - Contrabaixo
Roy Haynes - Batería

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Drácula de Bram Stoker - 1992


No século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste é a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.

Ficha Técnica:
Título no Brasil: Drácula de Bram Stoker
Título Original: Bram Stoker's Dracula
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 127 minutos
Ano de Lançamento: 1992
Estúdio/Distrib.: Sony Pictures
Direção: Francis Ford Coppola

Elenco:
Gary Oldman .... Príncipe Vlad Drácula
Winona Ryder .... Mina Murray / Elisabeta
Anthony Hopkins .... Professor Abraham Van Helsing / Chesare
Keanu Reeves .... Jonathan Harker
Richard E. Grant .... Dr. Jack Seward
Cary Elwes .... Lorde Arthur Holmwood
Bill Campbell .... Quincey P. Morris
Sadie Frost .... Lucy Westenra
Tom Waits .... R.M. Reinfield
Monica Bellucci .... Noiva de Drácula
Michaela Bercu .... Noiva de Drácula
Florina Kendrick .... Noiva de Drácula

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sábado, 13 de novembro de 2010

Sympathy For The Devil - 1968



Jean-Luc Godard, um dos mais cultuados cineastas franceses, já havia realizado alguns dos melhores filmes da Nouvelle Vague quando, em 1968, dirigiu o lendário documentário One + One. Não contente com a sua edição, o produtor Iain Quarrier, à revelia do diretor, apresentou a sua versão, que chamou de Sympathy for the Devil. O filme acompanha as sessões de estúdio da banda inglesa Rolling Stones. O grupo encontrava-se no auge da carreira, compondo músicas cada vez mais criativas e com uma postura política típica dos anos dourados da contracultura mundial.

. Direção: Jean-Luc Godard
• Roteiro: Jean-Luc Godard
• Gênero: Documentário/Musical
• Origem: Reino Unido
• Duração: 100 minutos
• Tipo: Longa-metragem


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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Jorge Luis Borges

(Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 — Genebra, 14 de junho de 1986)


"Não criei personagens. Tudo o que escrevo é autobiográfico. Porém, não expresso minhas emoções diretamente, mas por meio de fábulas e símbolos. Nunca fiz confissões. Mas cada página que escrevi teve origem em minha emoção".

O escritor Jorge Luis Borges nasceu na capital argentina, Buenos Aires. Bilíngüe desde a sua infância, aprendeu a ler em inglês antes que em castelhano, por influência de sua avó materna de origem inglesa.

Aos seis anos disse a seu pai que queria ser escritor e aos sete escreveu, em inglês, um resumo de literatura grega. Aos oito, inspirado num episódio de "Dom Quixote" de Cervantes, fez seu primeiro conto: "La Visera Fatal". Aos nove anos, traduziu do inglês "O Príncipe Feliz" de Oscar Wilde.

Em 1914, devido à quase cegueira total, seu pai decide passar uma temporada com a família na Europa. Em Genebra, Jorge escreveu alguns poemas em francês enquanto estudava o bacharelado (1914-1918). Sua primeira publicação registrada foi uma resenha de três livros espanhóis para um jornal de Genebra.

Em 1919, mudou-se para a Espanha e publicou poemas e manifestos na imprensa. Em 1921, retornou a Buenos Aires e redescobriu sua cidade natal, na efervescência dos anos 20. Nesse clima escreveu seu primeiro livro de poemas, "Fervor em Buenos Aires", publicado em 1923.

A partir de 1924, publicou algumas revistas literárias e, com mais dois livros, "Luna de Enfrente" (poesia) e "Inquisiciones" (ensaios), ganhou em 1925 a reputação de chefe da jovem vanguarda de seu país. Nos anos seguintes, ele se transformou num dos mais brilhantes e polêmicos escritores da América Latina.

Inventando um novo tipo de regionalismo, acrescentou uma perspectiva metafísica da realidade, mesmo em temas como o subúrbio portenho ou o tango. Nesta fase escreveu "Cuaderno San Martin" e "Evaristo Carriego". Mas logo se cansou desses temas e começou a especular sobre a narrativa fantástica, a ponto de produzir durante duas décadas, de 1930 a 1950, algumas das mais extraordinárias ficções do século, nos contos de "Historia Universal de la infâmia" (1935); "Ficciones" (1935-1944) e "El Aleph" (1949), entre outras.

Em 1937, Borges foi nomeado diretor da Biblioteca Pública Nacional, o que foi seu primeiro e único emprego oficial. Saiu nove anos depois, indignado com a inclinação fascista que estava tomando a Argentina.

No que se refere ao amor, o caso mais quente do escritor argentino foi com Estela Canto, que depois lançou o livro de memórias "Borges a Contraluz". Ele conta em sua biografia que a pediu em casamento. Moderna e liberada para a época, Estela respondeu: "Eu aceitaria, Georgie, mas não podemos casar sem antes dormir juntos". Borges ficou assustado e desapareceu.

Aos 50 anos, o escritor já havia perdido parcialmente a visão. Com o passar dos anos, quando a cegueira se fez completa, sua mãe, Leonor, passou a cuidar dele, lendo e escrevendo o que ditava.

O reconhecimento literário de Borges se solidificou em 1961 com a conquista do prêmio concedido pelo Congresso Internacional de Editores, que dividiu com Samuel Beckett. Logo receberia também prêmios e títulos por parte dos governos da Itália, França, Inglaterra e Espanha.

Em 1967, Borges casou-se com uma amiga de infância, Elsa Astete. O casamento durou três anos e acabou com Borges fugindo de casa, sem coragem para discutir a separação. Sua mãe, Leonor, morreu em 1975. Seu segundo casamento foi com a sua ex-aluna Maria Kodama que se tornou sua secretária particular em 1981. Kodama era de origem japonesa e tornou-se a herdeira de seus direitos autorais.

Em 1983, Borges publicou no diário "La Nación" de Buenos Aires o relato "Agosto 25, 1983", em que profetizava seu suicídio. Perguntado depois porque não havia se suicidado na data anunciada, respondeu: "Por covardia". Borges afirmava freqüentemente o seu ateísmo e falava da solidão como uma espécie de segunda companheira.
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EVERNESS

Só uma coisa não há: e esta é o olvido.

Deus, que salva o metal, e salva a escória,

cifra em Sua profética memória

as luas que serão e as que têm sido.

Já tudo fica. A sequência infinita

de imagens que entre a aurora e o fim do dia

teu rosto nos espelhos deposita

e essas que irá deixando todavia.

E tudo é só uma parte do diverso

cristal desta memória: o universo.

Não têm fim os seus árduos corredores,

e se fecham as portas ao passares;

e só quando na noite penetrares,

do Arquétipo verás os esplendores.

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UM CEGO



Não sei qual é a face que me mira

quando miro essa face que há no espelho;

e desconheço no reflexo o velho

que o escruta, com silente e exausta ira.

Lento na sombra, com a mão exploro

meus traços invisíveis. Um lampejo

me alcança. O seu cabelo, que entrevejo,

é todo cinza ou é ainda de ouro.

Repito que perdi unicamente

a superfície vã das simples coisas.

Meu consolo é de Milton e é valente,

porém penso nas letras e nas rosas.

Penso que se pudesse ver meu rosto

saberia quem sou neste sol-posto.

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A CHUVA



A tarde bruscamente se aclarou,

porque já cai a chuva minuciosa.

Cai e caiu. A chuva é só uma coisa

que o passado por certo freqüentou.

Quem a escuta cair já recobrou

o tempo em que a fortuna venturosa

uma flor lhe mostrou chamada rosa

e a cor bizarra do que cor tomou.

Esta chuva que treme sobre os vidros

alegrará nuns arrabaldes idos

as negras uvas de uma parra em horto

que não existe mais. A umedecida

tarde me traz a voz, a voz querida

de meu pai que retorna e não é morto.

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XADREZ



I



Em seu grave rincão, os jogadores

as peças vão movendo. O tabuleiro

retarda-os até a aurora em seu severo

âmbito, em que se odeiam duas cores.

Dentro irradiam mágicos rigores

as formas: torre homérica, ligeiro

cavalo, armada rainha, rei postreiro,

oblíquo bispo e peões agressores.

Quando esses jogadores tenham ido,

quando o amplo tempo os haja consumido,

por certo não terá cessado o rito.

Foi no Oriente que se armou tal guerra,

cujo anfiteatro é hoje toda a terra.

Como aquele outro, este jogo é infinito.





II



Rei tênue, torto bispo, encarniçada

rainha, torre direta e peão ladino

por sobre o negro e o branco do caminho

buscam e libram a batalha armada.

Desconhecem que a mão assinalada

do jogador governa seu destino,

não sabem que um rigor adamantino

sujeita seu arbítrio e sua jornada.

Também o jogador é prisioneiro

(diz-nos Omar) de um outro tabuleiro

de negras noites e de brancos dias.

Deus move o jogador, e este a peleja.

Que deus por trás de Deus a trama enseja

de poeira e tempo e sonho e agonias?

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O SUICIDA



Não restará na noite uma estrela.

Não restará a noite.

Morrerei, e comigo a soma

do intolerável universo.

Apagarei as pirâmides, as medalhas,

os continentes e os rostos.

Apagarei a acumulação do passado.

Transformarei em pó a história, em pó o pó.

Estou mirando o último poente.

Ouço o último pássaro.

Deixo o nada a ninguém.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Mark Knopfler

Mark Knopfler Prince's Trust London - 2009

Tracks:
1 Sailing To Philadelphia

2 Sultans of Swing*

3 Romeo & Juliet*

4 Get Lucky

5 Why Worry

6 Money For Nothing*

7 Monteleone

8 If This Is Goodbye

9 Brothers In Arms

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