(sem legendas em português)
“Os Doors eram a voz de um período em que tudo estava sendo questionado, os protestos daquela juventude apareciam nos noticiários todas as noites“, palavras de Tom DiCillo, que apresentou no Festival de Sundance um dos filmes mais aguardados de 2009: “When You’re Strange”, documentário sobre a banda The Doors.
Centrado na figura de Jim Morrison e alternando imagens da trajetória da banda e dos acontecimentos sociais e políticos que caracterizaram o fim dos anos 60 e início dos 70, o filme conta com a colaboração do tecladista Ray Manzarek, do guitarrista Robby Krieger e do baterista John Densmore que, a princípio, estavam desconfiados, mas que no final acabaram ajudando “quando sentiram que eu não faria um filme focado no alcoolismo de Morrison e nas circunstâncias obscuras que cercaram sua morte”, disse DiCillo.
Ao que parece, When You’re Strange é, antes de tudo, um filme feito por um fã. Uma condição que DiCillo estabeleceu para fazer o filme foi ter total liberdade de narrar os fatos como os via. “Jankowski concordou com tudo. Nunca voltou atrás em sua decisão e sua paixão pelos Doors me deixou profundamente impressionado“, diz o diretor, que igualmente não disfarça a admiração que tem pela banda.
“Morrison e seus companheiros acreditavam na verdade e em todos os aspectos de sua dimensão. Muitas vezes ela podia não ser bonita, em outras era intensamente perturbadora, mas era sempre a verdade deles.Eu admirava o espírito que forjaram suas consciências e que batia com a minha. Mas, acima de tudo, eles aparecem hoje como uma das poucas bandas da história da música rock que nunca se venderam. E isso é muito inspirador“, viaja o diretor.
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