quinta-feira, 13 de maio de 2010
O Poeta de Sete Faces - 2002
O documentário divide-se em três etapas, que correspondem às fases distintas da obra de Carlos Drummond de Andrade e caracterizam momentos de sua vida. A primeira fase, chamada "Vai Carlos, ser gauche na vida", registra do seu nascimento em Itabira em 1902 até o final da sua "Poesia Modernista" em Belo Horizonte, antes da mudança para o Rio de Janeiro em 1934. Sua poesia com a marca do modernismo de 1922 numa versão mineira e a publicação dos primeiros livros "Alguma Poesia" e "Brejo das Almas", quando nasce o Carlos Drummond de Andrade dos versos anedóticos, sintéticos-metafóricos, irônicos. A segunda fase, chamada "A vida apenas, sem mistificação", começa com a mudança de Drummond para o Rio de Janeiro e vai mostrar o "poeta do seu tempo", o momento de atuação política na vida do escritor, aliada à sua obra de crítica social. A terceira fase, chamada "Como ficou chato ser moderno, agora serei eterno", do início dos anos 50 aos anos 80, a fase do poeta-filósofo, do verso enigmático, do cronista de sucesso no Correio da Manhã e no Jornal do Brasil, da glória literária sendo Drummond considerado um mestre da língua, dos prêmios homenagens e troféus, dos filmes adaptados de sua obra, dos netos que nascem e a família se prolonga e do retorno aos temas do passado e da memória
Ficha Técnica:
Título original: Poeta de Sete Faces
Gênero: Documentário
Duração: 01 hs 34 min
Ano de lançamento: 2002
Estúdio: Vitória Produções Cinematográficas Ltda.
Distribuidora: Riofilme
Direção: Paulo Thiago
Roteiro: Paulo Thiago
Produção: Gláucia Camargos
Fotografia: Guy Gonçalves
Edição: Carlos Braisblat
Elenco:
Carlos Gregório (Carlos Drummond de Andrade)
Pedro Lito (Carlos Drummond de Andrade - jovem)
Othon Bastos
Leonardo Vieira
Cláudio Mamberti
Nildo ParentePaulo José
Renata Faria
Antônio Calloni
Ana Beatriz Nogueira
Luciana BragaPaulo Autran
Cristiana PereiraJulia Lemmertz (Narração)
Antônio Grassi (Narração)
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
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