sábado, 21 de fevereiro de 2009

Hamlet - 1948

Ser ou não ser, eis a questão

Laurence Olivier dirige e estrela a clássica história do príncipe dinamarquês que busca vingar a morte de seu pai. Baseado em peça de William Shakespeare. Vencedor de 4 Oscars.

Sinopse
Príncipe dinamarquês (Laurence Olivier) procura vingar a morte do pai, pois o fantasma do rei narra que foi assassinado pelo irmão (Basil Sydney), que assumiu o trono e casou-se com a mãe de Hamlet (Eileen Herlie).

Premiações
- Ganhou 4 Oscars: Melhor Filme, Melhor Ator (Laurence Olivier), Melhor Direção de Arte - Preto & Branco e Melhor Figurino - Preto & Branco. Além disto, foi ainda indicado nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Jean Simmons) e Melhor Trilha Sonora.

- Ganhou os Globos de Ouro de Melhor Filmes Estrangeiro e Melhor Ator (Laurence Olivier).

- Ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza e ainda o prêmio de Melhor Atriz (Jean Simmons).

Curiosidades
- Este Hamlet foi a primeira versão sonora para os cinemas da clássica história de William Shakespeare.

- Ao longo de toda a história do cinema, já foram realizadas mais de 70 adaptações de Hamlet

Ficha Técnica
Título Original: Hamlet
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 153 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1948
Estúdio: Pilgrim Pictures / Two Cities Films Ltd.
Distribuição: Universal-International
Direção: Laurence Olivier
Roteiro: Alan Dent e Laurence Olivier, baseado em peça de William Shakespeare
Produção: Laurence Olivier
Música: William Walton
Direção de Fotografia: Desmond Dickinson
Desenho de Produção: Roger K. Furse
Direção de Arte: Carmen Dillon
Figurino: Roger K. Furse e Elizabeth Hennings
Edição: Helga Cranston

Elenco
Laurence Olivier (Hamlet)
Eileen Herlie (Gertrude)
Basil Sydney (Claudius)
Felix Aylmer (Polonius)
Terence Morgan (Laertes)
Jean Simmons (Ophelia)
Peter Cushing (Osric)
John Laurie (Francisco)
Esmond Knight (Bernardo)
Anthony Quayle (Marcellus)
Russell Thorndike (Padre)
John Gielgud (Voz do fantasma)
Stanley Holloway
Christopher Lee

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Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir... é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir... Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.

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